sábado, 26 de março de 2011

Que venha a solidão, que venha a morte; Estou preparada para as duas; Ambas são melhores do que a ilusão e mentira.


Sábado, sexto dia de outono, as folhas das árvores caem e com elas o vento também leva pra longe, tudo o que não é duradouro, tudo o que efêmero e inútil, mas, o que é útil e o que é inútil?  Porque e para quem algo pode ou não ser útil ou inútil?
A filosofia foi a primeira a questionar essa dúvida:
"O senso comum de nossa sociedade considera útil o que dá prestígio, poder, fama e riqueza. Julga o útil pelos resultados visíveis das coisas e das ações, identificando utilidade e a famosa expressão “levar vantagem em tudo”. Desse ponto de vista, a filosofia é inteiramente inútil e defende o direito de ser inútil." 
Será?
 Se abandonar a ingenuidade e os preconceitos do senso comum for útil; se não se deixar guiar pela submissão às idéias dominantes e aos poderes estabelecidos for útil; se buscar compreender a significação do mundo, da cultura, da história for útil; se conhecer o sentido das criações humanas nas artes, nas ciências e na política for útil; se dar a cada um de nós e à nossa sociedade os meios para serem conscientes de si e de suas ações numa prática que deseja a liberdade e a felicidade para todos for útil, então podemos dizer que a filosofia é o mais útil de todos os saberes de que os seres humanos são capazes.

Belíssima definição do útil e o inútil dentro da filosofia.

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