sexta-feira, 1 de maio de 2009

My word's factory:



Ser, são
Hoje é sexta-feira, mas que diferença?
Poderia ser sábado ou qualquer outro dia desde que o amor aqui estivesse.
Tantas lágrimas,
tantos fios de cabelo,
tantas dores,
tantos odores,
mas mesmo assim vale a pena,
pelo simples e mais simples amor!
Quem foi que disse que o amor é ruim?
que fere e maltrata?
Não fui eu não.
O amor é tudo,
é força total para se viver,
como viver sem esta esperança,
de que amar vale a pena e sempre valerá?
não sei,
tudo o que sei é que vale e valerá sempre,
sentir-se pura,
única e primeira a ter este sentimento,
a vivênciar cada instante de gloria,
mesmo que seja breve e passageiro.
Quem foi que disse que o verdadeiro amor conhece referências,
Classe social,
idade ou intelecto,
tudo é tão irracional que sei lá...
Ser sim e ser não,
ser branco e ser negro,
ser eu e não ser ninguém,
apenas ser,
por isso amo,
isso me basta,
e só isso.
São Paulo,
São Luís,
São João,
São Pedro,
São Benedito... São completamente sãos.

Kennia Gonçalves





Pessoas que vem,
pessoas que vão,
estar aqui ou em qualquer lugar,
não sei,
sei lá,
só viver importa,
chorar já não dá.
Não sei se sinto pena de mim,
de ti ou de todos nós,
vou levantar,
vou prosseguir,
vou caminhar;
não posso parar,
por pior que pareça,
por pior que tenha sido,
por pior que seja.
Meu corpo pede a inércia,
o não mover-se,
a não ação,
até chorar tornou-se uma missão impossível;
Aliás, no que me ajudaria?
É bem verdade, nada.
Então só me resta esperar,
calada,
eu e meus pensamentos,
loucos infundados,
sem nexo, terror, retrocesso, meio Bossa nova e Rock in roll.
Hoje sei o que é uma pessoa fria e insensível.

Kennia Gonçalves






Questão de tempo


Tempo para ensinar,
tempo para aprender,
tempo para correr,
tempo para parar, tempo, tempo...
porque não há tempo?
tempo de chorar,
tempo de sorrir,
tempo para o futuro,
tempo para o presente.
Tempo, bom tempo, mal tempo, porque não há tempo?
Tempo, nos trai a todo tempo,
o tempo todo.
Tempo para sofrer,
tempo para sorrir,
tempo de conhecer,
tempo de esquecer.
Tempo, traiçoeiro tempo!
Porque não há tempo?

Kennia Gonçalves





Auto relato


Sentada no sofá,
telefone ao lado,
saco de amendoins,
papel e caneta,
poderia dar uma volta a São Paulo em algumas ligações.
Como amendoim,
a cabeça fervilha,
a celulite se instala,
“que mala”!
Cabeça exausta, queria poder não esquecer tudo que penso e planejo, que pena não ser mutante, para me transformar em publicitária, escritora, jornalista, artista plástica, estilista, decoradora, ufa! Queria ser uma síntese de tudo isso, ser completa, como Leonardo Da Vinci, ou numa versão moderna, como Isla Jay.

Kennia Gonçalves


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